Referencial teórico

Segundo Brannen e Surette (1997 apud COTIAS; SOUZA, 2009) na década de setenta, pesquisas apontaram que entre 27 e 70% dos pacientes que recebiam infusões venosas periféricas desenvolviam tromboflebite, variando de acordo ao tempo de permanência do cateter. Relatam ainda que a localização da punção apresenta uma das mais altas incidências de infecção quando comparado aos outros locais.

Além disso, Phillips (2001) afirmou que 90% dos pacientes hospitalizados fazem uso da Terapia Intravenosa (TIV), na qual, com o passar dos anos os profissionais de saúde desempenharão funções de responsabilidades cada vez maiores, além das mudanças nos investimentos no cuidado à saúde, os custos hospitalares e a gravidade dos pacientes terão grande repercussão na área da saúde.

Através dos avanços ocorridos na história da TIV, o organismo do paciente se torna cada vez mais exposto ao meio externo por meio das punções, fazendo - se necessário um cuidado criterioso no que diz respeito ao combate das infecções hospitalares, que podem ser adquiridas em até setenta e duas horas após o internamento, sendo desencadeadas muitas vezes, por procedimentos hospitalares, os invasivos, ou até mesmo pela simples internação hospitalar, podendo interferir diretamente na resposta terapêutica almejada pela equipe de saúde (GONTIJO JÚNIOR, 1991 apud MACHADO, 2006; MARTINS, 1998).

Em contradição aos avanços, evidenciam-se na prática clínica, várias dúvidas durante o preparo e administração de medicamentos. Além disso, destacam-se os riscos associados a uma TIV realizada sem os devidos cuidados, a exemplo de infecções locais e sistêmicas. Tal fato desperta para a importância da qualidade da assistência prestada, para a necessidade de conduzir investigações científicas a respeito dessa temática e para um problema que merece intervenção das instituições de saúde.

Dessa forma, as instituições de saúde, através da equipe multidisciplinar, em especial a de enfermagem, devem cumprir o seu papel, oferecendo uma assistência de qualidade aos clientes.

Por conseguinte, destaca-se a necessidade da busca pela competência técnica e científica a fim de desenvolver um trabalho isento de riscos, prevenindo e reduzindo as complicações na prática da terapia intravenosa em unidades de saúde, já que a realização desta terapia interfere diretamente na resposta terapêutica e nos métodos de administração de drogas, bem como no estresse psicológico causado aos pacientes em experiências com repetidas punções venosas.